
COMO TUDO COMEÇOU
Iniciou a sua formação musical no piano aos quatro anos; a partir dos oito, começou também a estudar guitarra clássica e mais tarde aos 18 anos iniciou-se na guitarra portuguesa pela mão do guitarrista Carlos Gonçalves. A partir daí, e a par da licenciatura em engenharia, começa o seu percurso neste instrumento, frequentando o “Clube de Fado” em Lisboa, aprendendo com dois grandes guitarristas Mário Pacheco e Fontes Rocha. Foi tendo também o privilégio de acompanhar nomes como Mariza, Katia Guerreiro, Camané e Carlos do Carmo. Procurou obter a máxima e mais variada formação na guitarra através de inúmeros guitarristas: Carlos Gonçalves, Mário Pacheco, José Fontes Rocha, Ricardo Rocha, Paulo Parreira, Pedro Caldeira Cabral, Paulo Soares, Ricardo Parreira, António Parreira, Arménio de Melo.
O seu registo discográfico assinala:
- Em 2005, participação como guitarrista convidada no espectáculo de Mário Pacheco, de onde resultou o CD/DVD “A Música e a Guitarra – Clube de Fado” que teve edição mundial e foi premiado pela revista “Songlines” como melhor álbum do ano;
- Em 2008, solista num tema do CD “Fados d’Alma” de Rodrigo Costa Félix, e participação na gravação do tema “Pasa” inserido no álbum “Unidad de CancionesIntensivas”, convidada pelo compositor e produtor espanhol Jaime Roldán;
-Em 2011, gravação do CD “Fados de Amor” de Rodrigo Costa Félix, e que foi o primeiro disco da história do fado em que a guitarra portuguesa é tocada, em exclusivo, por uma mulher, e o qual foi distinguido pela Fundação Amália Rodrigues com o prémio de “Melhor Álbum” do ano de 2012.
Em 2012 inicia a sua carreira a solo. Estreia-se em Toronto e apresenta-se em Lisboa, com enorme sucesso, num dos quatro concertos de guitarra portuguesa organizados no âmbito das Festas de Lisboa.
Decide dedicar-se em exclusivo à música e à guitarra portuguesa e abandona a sua actividade como engenheira civil. Actua na TEDx Boavista (2012), em concertos vários destacando-se o CCB (2012), o Teatro Tivoli (2013), Rádio Alfa em Paris (2013) e actuou no Brasil, EUA, Canadá, Suíça, Espanha, Holanda, França, Eslovénia, Roménia, Tunísia e Israel.
Ainda em 2013, actua em São Paulo e no Rio de Janeiro, e realiza uma digressão por nove salas da costa Leste dos EUA, incluíndo os míticos Johnny D`s em Boston e o espaço DROM em Nova Iorque. No ano seguinte repete a digressão, destacando a estreia de um espectáculo de Fado em Kansas City, cidade referência do Jazz mundial.
Em 2014, esgota o Auditório da Boa Nova, no Estoril. Voltou a apresentar-se no Casino da Figueira da Foz e na Casa da Música (Porto), esgotada. Destaca as viagens até à Suíça, Israel (Felicja Blumental Festival) para 3 concertos onde voltaria em 2015, e à Roménia ( Sala Radio de Bucareste). Paralelamente aos concertos abraça o projecto Brincar aos Fados, gravando a guitarra portuguesa.
O seu tema original “Terra” serviu de banda sonora ao filme de lançamento da nova imagem da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.
Em 2015 iniciou, com sala esgotada, no CCB o ciclo “A Guitarra Portuguesa e o Fado” e apresentou o seu concerto a solo no Teatro Lethes, em Faro, assim como no Festival Musiques Rares, em Macôn (França).
No final do ano termina as gravações do seu primeiro disco a solo, onde apresenta algumas composições próprias, presta tributo às suas referências musicais e transporta a Guitarra Portuguesa numa viagem por outras influências e registos, com convidados de renome nacional e internacional. O disco seria editado pela WarnerMusic em Maio de 2016, recebendo as melhores críticas por parte da imprensa.
Em 2016 o seu talento chama a atenção de Dulce Pontes que a convida para fazer parte da sua banda, viajando por todo o mundo em digressão por Salas como Palau de La Musica ( Barcelona), Teatro Nuevo Apolo ( Madrid), Teatro La Fenice ( Veneza), Holanda, França e muitos outros Festivais.
Em paralelo com esta digressão, continua os seus próprios concertos durante o ano de 2017 tocando em Salas como o Teatro Lethes (Faro) ou o Auditório Carlos Paredes em Lisboa, assim como no Festival de Guitarra de Almeirim e em Oeiras no Ciclo “ Soam as Guitarras”, onde teve como convidado o saxofonista Ricardo Toscano.
Em Maio produz o seu primeiro grande concerto desde a edição do disco, juntando no palco todos os músicos que tinham participado no disco, e esgota o Teatro Tivoli BBVA em Lisboa, naquela que foi a sua primeira produção com assinatura própria, e que confirmou, quer pelo público quer pela crítica, Marta Pereira da Costa como um nome reconhecido no universo do Fado, mas também fora dele.
Na segunda metade do ano é convidada para tocar em eventos públicos e privados, de onde se destaca o concerto privado na Casa Mateus ( Vila Real) para a Iberdrolae o concerto público na Igreja da Misericórdia, em Tavira, inserido na 1ª edição da Feira de Dieta Mediterrânica. Participa ainda como convidada em concertos de outros artistas. Em Novembro foi o nome escolhido para tocar na cerimónia privada de recepção do Presidente da Colômbia no Palácio da Ajuda, em Lisboa.
O ano de 2019 anuncia-se um grande período para a guitarrista e começa com uma digressão em Março pelos EUA.
Depois das digressões anteriores que levaram a guitarrista a países como Israel, EUA, Brasil, entre muitos outros, os concertos começaram a surgir, as entrevistas que começou a dar, os fãs, tudo lhe foi mostrando que havia espaço para si enquanto guitarrista profissional e um interesse genuíno no seu percurso e, consequentemente, no seu projecto musical. Em 2018 Marta Pereira da Costa somou mais de 30 datas, com concertos dentro e fora de Portugal.
Termina o ano com um concerto intimista na sala B. Leza, onde reúne muitos amigos entre os convidados. No palco, dois nomes maiores da música cabo verdeana : Dany Silva e Tito Paris.
No mês de Outubro é convidada a participar com a sua banda numa Gala de Fado que tem lugar no Convento de S. Francisco em Coimbra, e sobe ao palco do Cineteatro de Tomar. Viaja para Marrocos a convite da Embaixada de Portugal, apresentando-se no Palácio Bahia em Marraquexe e no Auditório da Biblioteca Nacional em Rabat.
Em Setembro dá dois grandes concertos, o primeiro na mítica Festa do Avante e o segundo na edição do Santa Casa Alfama, dois palcos marcantes.
Viaja para o Canadá em Julho, onde actua pela primeira vez como artista convidada no Uptown Waterloo Jazz Festival, em Ontario, depois de dois grandes concertos: um na inauguração do Festival Mimo Amarante, consagrando-se perante o público que assiste com surpresa e completamente rendido à actuação da guitarrista e outro no Festival NOS Alive, no palco EDP Fado Café, apresentando um concerto surpreendente em dois sets, sempre com sala cheia.
Em Junho Marta Pereira da Costa é convidada para a cerimónia de inauguração da Bienal de Monsaraz – Museu Aberto, que tem lugar no Castelo de Monsaraz, com um concerto único que preparou especialmente e onde reúne em palco dois convidados: Rui Veloso e Ricardo Mendes.
Soma uma série de concertos privados e regressa a Espanha em Julho. Prepara-se para o muito aguardado concerto no prestigiante Festival de Guitarra de Córdoba, que teve lugar no Teatro Góngora. O concerto tem grande impacto e é aclamado pelo público que reage emocionado, e pela imprensa espanhola que fica rendida à guitarrista:
“ Y a partir de aquí, sucede la magia: las armonías de fado, jazz, ápices latinos y otros estilos se suceden en temas como Encontro, donde entretejiendo un aura de complicidad Marta se presenta como protagonista pero también deja espacio a las improvisaciones maestras de sus compañeros, aclamadas por el público en sonoros aplausos.
La artista, en el centro del escenario, demuestra un total dominio de este peculiar instrumento manejando tanto su registro más melódico como el formado por arpegios y secuencias de acordes que acompañan y se funden en el continuo sonoro del resto de integrantes. “
Numa grande produção, em nome próprio, Marta Pereira da Costa tira provas e sobe ao palco do Centro Cultural Olga Cadaval, com os convidados Rui Veloso, Tito Paris e Edu Miranda. O público aceita o convite e enche a Sala.
Confirma-se o convite da sala de Bilbao, BBK. Integrado no ciclo anual de “Noites de Fado”, o concerto tem sala esgotada, e todos assistem com admiração. Toda a Sala quer conhecer e cumprimentar a artista no final.